segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Remember… essa é da época que PLAY era com o Jonas ainda, mas com certeza é a melhor crítica que já li. Resume exatamente o que é PLAY!

Play, de Rodrigo Nogueira (Cadernos de Teatro, 10)

Um triângulo amoroso subitamente abalado pela chegada de um quarto elemento: João, homem de negócios casado com a fria Ana, tem um caso com sua irmã, Cynthia, mais alternativa e sexual, até que chega do exterior Jonas, artista plástico e amigo de faculdade de João. Inspirado por Sexo, Mentiras e Videotape, de Steven Sodebergh.

Talvez o mais interessante da peça seja o fato de que nada, de fato, acontece. Tudo é de uma sutileza belíssima. O diálogo em que Ana e João discutem comprar ingressos para um concerto ao mesmo tempo em que, nas entrelinhas, discutem o futuro de seu casamento, é somente o ponto alto de uma contida tensão dramática que o texto desenvolve do começo ao fim. Sem lugares-comuns, graças a deus.  Sexo, Mentiras E Videotape

Daniela Galli está simplesmente dando um show, no papel de uma mulher fria, formal e mal-amada, e ao mesmo tempo, ansiosa por se reinventar e viver um grande amor. Rodrigo Nogueira, também autor da peça e dramaturgo de mão cheia, faz um João canalha, confuso e sedutor, provando também seus enormes talentos de ator. O personagem João, homem de negócios indeterminados, verbaliza todos os preconceitos de sua classe contra os artistas ("afinal, o que é uma instalação? não era mais fácil quando era só quadro e escultura?") e, ao mesmo tempo, a interpretação de Rodrigo também encarna todos os preconceitos e estereótipos dos artistas contra essas pessoas estranhas que trabalham de terno e gravata, das oito às seis, cinco dias por semana: um circuito fechado. Maria Maya e Jonas Gadelha (aliás, os produtores da peça) também estão muito bem, com papéis um pouco mais fáceis: ela é a irmã maluquete de Ana, metida a artista, desbocada, atirada; ele, o artista caladão.

O enredo avança num crescendo de tensão muito bem montado até o súbito clímax, que não parece clímax, e não resolve nem conclui praticamente nada, mas simboliza uma virada (sutil) na vida de Ana e, assim, é o fechamento perfeito de uma peça sutil onde quase nada de fato acontece.

Curiosamente, no bochicho pós-peça, só ouvi gente falando mal: uma velhinha pra outra, "quarenta reais... por isso!", e um outro sujeito, que a peça era "desconexa". E eu pensando: "caramba, não havia nada de desconexo nessa peça. Nem uma única linha a mais ou fora de lugar. Será que esse povo não entende sutileza?"

 

A trilha sonora de André Abujamra abre espaço até mesmo para o Bolero de Ravel, uma de minhas "músicas clássicas de comercial de xampu" preferidas. A diferença é que, em "Play", o Bolero não é tocado como se fosse uma música de fundo normal e desconhecida, mas sim como o próprio Bolero de Ravel e o fato de ser essa uma das músicas preferidas do personagem João faz parte do enredo.

Destaque especial para a economia cenográfica, onde duas mesas e meia dúzia de cadeiras são constantemente rearranjadas para simbolar novos ambientes, com magnífica eficiência cênica.

Adorei, e recomendo enfaticamente.

fonte: http://www.interney.net/blogs/lll/2009/06/02/play_de_rodrigo_nogueira_cadernos_de_tea_10/

Homenagem ao enorme sucesso que foi PLAY esse ano!

Esperamos com ansiedade rePLAY ano que vem!! Let’s PLAY Brasil!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PLAY em BH

Indicado ao Prêmio Shell e APTR de Melhor Texto, e inspirado no filme “Sexo, mentiras e videotape”, do nova-iorquino Steven Sodebergh, o espetáculo “Play – sobre Sexo, Mentiras e Videotape”, chega a Belo Horizonte. Além de Maria Maya e Sérgio Marone, a peça tem no elenco Daniela Galli e Rodrigo Nogueira. A direção é de Ivan Sugahara. “Play” estará em cartaz nos dia 01 e 02 de outubro, (sexta-feira e sábado), às 21 horas no Teatro Dom Silvério.


PLAY

Sexta e sábado às 21 horas

01 e 02 de outubro

Local Teatro Dom Silvéri

ValorR$ 40,00 (inteira)

R$ 20,00 (meia-entrada).

Outras informações 31 2101-5700

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

X Festival de Teatro de Resende recebe mais de dez mil pessoas




Chegou ao fim X Festival de Teatro de Resende. O evento contou com um público de mais de dez mil pessoas que pode assistir a 12 peças teatrais sobre os mais diversos temas, encenadas entre os dias dois e oito de setembro, no palco do Cine Vitória, no Parque das Águas, e no Teatro da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).

No Cine Vitória, localizado no Centro Histórico e Cultural da cidade, foram encenadas cinco peças adultas, e quatro infantis. No Parque das Águas, no bairro Jardim Jalisco, aconteceu a Mostra Paralela, com duas encenações. Já no Teatro da Aman a Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda promoveu o encerramento do evento com a peça PLAY sobre sexo, mentiras e videotape. Essa peça; inspirada no filme "Sexo, mentiras e videotape" de Steven Soderbergh; mas com texto de Rodrigo Nogueira e direção de Ivan Sugahara, foi indicada ao Prêmio Shell 2010 na categoria Melhor Texto. O elenco conta com Maria Maya, Sérgio Marone, Daniela Galli e Rodrigo Nogueira.

As peças adultas encenadas no Cine Vitória tiveram o preço simbólico de R$3,00. As infantis e a de encerramento foram franqueadas ao público. 

De acordo com o presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, André Whately, o resultado final do X Festival de Teatro de Resende foi positivo e consolida Resende no cenário do teatro nacional.

- Nós conseguimos atingir a nossa expectativa quanto à público, e isso mostra que a cada ano o resendense procura mais o Festival. As apresentações infantis foram excelentes, o que é muito importante porque o público infantil de hoje será o adulto de amanhã que vai valorizar o teatro. - ressaltou o presidente.

Compra do Cine Vitória

A compra do Cine Vitória deverá ser oficializada ainda este mês. A afirmação foi feita pelo prefeito José Rechuan (DEM) na noite do dia 7  para a equipe do DIÁRIO DO VALE, durante a apresentação da peça PLAY.
- Acredito que antes da Exapicor nós já teremos oficializado a compra do Cine Vitória. Já viabilizamos tudo para efetivar essa compra, faltam apenas alguns detalhes burocráticos porque vamos comprar todo o espaço, inclusive onde hoje funciona a bomboniere. - confirmou o prefeito.
Apesar de já ter tradição em realizar Festivais de Teatro; o primeiro aconteceu em outubro de 1988, há 22 anos; Resende ainda não possui um Teatro Municipal. Os prédios do Teatro de Bolso e do Cine Vitória não pertencem ao executivo. O prédio onde localiza-se a sede do MAM (Museu de Arte Moderna) e o Teatro de Bolso pertence a uma empresa privada de telefonia, já o Cine Vitória, atualmente alugado pela prefeitura, pertence a duas famílias resendenses. O nome Vitória é uma homenagem ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas venceram os nazistas. No início da década de 90 o espaço quase foi transformado em igreja evangélica, mas houve um grande movimento popular contrário à venda, reivindicando que o espaço continuasse a ser dedicado à cultura.


PLAY sobre sexo, mentiras e videotape


Em entrevista ao DIÁRIO DO VALE, Sérgio Marone considerou a apresentação em Resende como simplesmente "fantástica".
- Achei o público de Resende fantástico, disponível, e inteligente. Acredito que as pessoas absorveram e vão refletir muito sobre a peça. Essa apresentação foi mágica. Estamos há mais de um ano em cartaz, mas esse foi o maior público que tivemos. Foi como jogar no Maracanã. Encenar uma peça para mais de 2.500 pessoas... A cidade está de parabéns e este Festival é muito importante porque cria o hábito de ir ao teatro. As pessoas passam a gostar de teatro. Isso é muito importante. - Disse Marone.

sábado, 28 de agosto de 2010

Play em Resende

   A peça ‘Play, sobre Sexo, Mentiras e Vídeotape' marcará, nos dias 7 e 8 de setembro, no teatro monumental da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) o encerramento do X Fester (Festival de Teatro de Resende). O evento é promovido pela Prefeitura de Resende, através da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda.
   O Festival de Teatro começa no dia 2 de setembro. As peças selecionadas para o evento serão encenadas no Cinema Vitória.
   O espetáculo programado para o encerramento traz no elenco Maria Maya, Sérgio Marone, Daniela Galli e Rodrigo Nogueira. A direção é de Ivan Sugahara.
    Ao todo, serão apresentadas quatro peças infantis e cinco espetáculos adultos. As apresentações infantis acontecerão sempre às 10h. Já as peças para o público adulto ocorrerão a partir das 20h30. A expectativa dos organizadores é de que, nos cinco dias do Festival, o Cine Vitória receba cerca de quinze mil pessoas.
 
Os ingressos do espetáculo de encerramento são gratuitos e serão distribuídos na bilheteria do Cinema Vitória, a partir das 12h, nos dias 7 e 8. Em ambos dias, a encenação da peça começará às 20h30.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Play – sobre sexo, mentiras e videotape com Sérgio Marone, Rodrigo Nogueira e elenco.



O espetáculo já foi indicado aos prêmios Shell e APTR, da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, na categoria melhor texto.

A montagem é baseada no filme “Sexo, Mentiras e Videotape” de 1.989, mas o que se vê no palco é uma livre inspiração do longa. A direção fica por conta de Ivan Sugahara. Rodrigo Nogueira é o responsável pelo texto que leva a história do cinema para o palco, e também atua na peça. Completando o elenco, atores conhecidos do público por atuações na televisão, como Sérgio Marone, Daniela Galli e Guta Ruiz.

No espetáculo, o triângulo amoroso retratado no filme é reproduzido com humor. César (Nogueira) é casado com a reprimida Ana (Galli), e trai a mulher com a sensual cunhada Carla (Ruiz). Com a chegada de Sérgio (Marone propositalmente com o mesmo nome do personagem), amigo de César, as relações ficam abaladas.

A inovação fica por conta da dúvida criada no espectador. Enquanto o filme carrega na sedução e nos dramas pessoais, a peça propõe uma espécie de jogo de verdade e mentira, em que a plateia é confundida e não identifica o que é real.

Em cena, seis vídeos são exibidos num telão: duas atrizes desconhecidas, duas mulheres anônimas e as personagens Ana e Carla relatam momentos de intimidade que tiveram em suas vidas. No público, a dúvida: quais experiências são verdadeiras?


Serviço.Local: Teatro do Parque D. Pedro Shopping. Entrada das Flores, Av. Guilherme Campos, 500, Jardim Santa Genebra
Data: de 6 a 29 de agosto
Horários: sexta e sábado, às 21 horas. Domingo às 19 horas
Ingressos: R$ 20 (setor 2) e R$ 40 (setor 1)
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Bilheteria / Televendas: (19) 3756-9890 / 3756-9891

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DIA DO ATOR

Hoje,19 de agosto de 2010, é dia de comemorar e parabenizar os profissionais que se dedicam a arte de atuar.
A todos os atores PARABENS, e continuem tocando as pessoas com uma das mais belas artes.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lançamento vip, na Bienal de São Paulo

Até o próximo dia 22, o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, abriga a 21 edição da Bienal Internacional do Livro, o maior encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. E o Recreio dos Bandeirantes está bem representado no evento.




É que, na terça-feira, será lançado o livro “Cena impressa”, com organização do diretor teatral Diego Molina. A obra reúne esquetes e textos sobre o processo de criação de dez jovens autores, entre eles o ator Rodrigo Nogueira, morador da região.



— O Diego ligou no início do ano me convidando para participar do livro, mas eu estava em turnê pelo Sul, com a peça “Play”. Achei que não ia dar conta, mas também não neguei. Então reli toda a minha produção, encontrei o texto “O eterno retorno”, mudei bastante coisa e mandei para ele — conta Nogueira.



O texto foi escrito em 2008, e traz a história de um casal que está se reconciliando. Mas, se lido de baixo para cima, dá a entender que, na verdade, os dois estão se separando.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/08/15/lancamento-vip-na-bienal-de-sao-paulo-316029.asp

► "Play - Sobre Sexo, Mentiras e Videotape" está em cartaz em CAMPINAS



A peça ‘Play – sobre Sexo, Mentiras e Videotape’ estreou em Campinas no dia 6 de agosto e fica em cartaz até o final do mês no teatro do shopping D. Pedro. O espetáculo já foi indicado aos prêmios Shell e APTR, da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, na categoria melhor texto.

A montagem é baseada no filme “Sexo, Mentiras e Videotape” de 1.989, mas o que se vê no palco é uma livre inspiração do longa. A direção fica por conta de Ivan Sugahara. Rodrigo Nogueira é o responsável pelo texto que leva a história do cinema para o palco, e também atua na peça. Completando o elenco, atores conhecidos do público por atuações na televisão, como Sérgio Marone, Daniela Galli e Guta Ruiz.

No espetáculo, o triângulo amoroso retratado no filme é reproduzido com humor. César (Nogueira) é casado com a reprimida Ana (Galli), e trai a mulher com a sensual cunhada Carla (Ruiz). Com a chegada de Sérgio (Marone propositalmente com o mesmo nome do personagem), amigo de César, as relações ficam abaladas.

A inovação fica por conta da dúvida criada no espectador. Enquanto o filme carrega na sedução e nos dramas pessoais, a peça propõe uma espécie de jogo de verdade e mentira, em que a plateia é confundida e não identifica o que é real.

Em cena, seis vídeos são exibidos num telão: duas atrizes desconhecidas, duas mulheres anônimas e as personagens Ana e Carla relatam momentos de intimidade que tiveram em suas vidas. No público, a dúvida: quais experiências são verdadeiras?



Local: Teatro do Parque D. Pedro Shopping. Entrada das Flores, Av. Guilherme Campos, 500, Jardim Santa Genebra
Data: de 6 a 29 de agosto
Horários: sexta e sábado, às 21 horas. Domingo às 19 horas
Ingressos: R$ 20 (setor 2) e R$ 40 (setor 1)
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Bilheteria / Televendas: (19) 3756-9890 / 3756-9891




Fonte: ► http://tinyurl.com/2exsym3

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

► PEÇA PLAY EM CAMPINAS

#PEÇA PLAY COM SERGIO MARONE,
RODRIGO NOGUEIRA, DANIELA GALLI E GUTA RUIZ


Adaptada do romance cult nos cinemas, a peça "Play - sobre Sexo, Mentiras e Videotape" estreiou na sexta-feira (6) e a temporada é durante todo o mês de agosto no teatro do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Com Sergio MaroneDaniela Galli, Guta Ruiz e Rodrigo Nogueira, a peça fica em cartaz até o dia 29, com sessões às sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h.
Com direção de Ivan Sugahara, na trama, César (Rodrigo Nogueira), é casado com a reprimida Ana (Daniela Galli) e trai a mulher com a sensual cunhada Carla (Guta Ruiz). Sérgio (Sérgio Marone), amigo de César, chega para desestabilizar as relações, com bastante humor, produzindo um projeto sobre sexo, mentiras e videotape.
Nesse embate, o espetáculo faz um jogo entre os atores e a plateia, relacionando e confundindo o público sobre o que é ficção e o que é realidade.
O roteiro é uma interpretação livre de “Sexo Mentiras e Videotape”, filme de estreia do diretor Steven Soderbergh, de 1989, sucesso cult dos cinemas. O longa-metragem marcou sua época com uma linguagem inovadora, como depoimentos de mulheres gravados em vídeo sobre experiências sexuais.
Para o teatro, o texto foi adaptado por Rodrigo Nogueira e acabou indicado aos prêmios Shell e APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro).
 A classificação etária é de 14 anos. Os ingressos inteiros custam R$ 40 (setor 1) e R$ 20 (setor 2). O teatro fica na Entrada das Flores do Parque D. Pedro, na Avenida Guilherme Campos, 500, Santa Genebra. Mais informações pelo telefone (19) 3756-9890 ou (19) 3756-9891.

Fonte:►http://eptv.globo.com/lazerecultura/NOT,0,0,309742,Com+Sergio+Marone+peca+faz+temporada+em+agosto+de+sexta+a+domingo+no+Parque+D-+Pedro.aspx                                                                            

terça-feira, 10 de agosto de 2010

OS INOCENTES

SUCESSO DE PÚBLICO!! REESTRÉIA!!


Teatro Glaucio Gill (Pça Cardeal Arcoverde, Copacabana).
Quartas e Quintas, às 20h.
De 11 de agosto a 2 de setembro.



Sozinhos durante a viagem dos pais, Isabela e seu irmão Teodoro conhecem Mateus, um jovem estudante estrangeiro com quem compartilham uma enorme paixão por cinema, e a quem convidam para hospedar-se em seu apartamento. Lá fora as ruas da cidade entram em ebulição. Manifestações pacíficas nascidas entre estudantes e assíduos da - recém interditada - Cinemateca, transmutam-se em violentos embates com a polícia, carros incendiados e coquetéis molotov. Isolados e alheios ao caos além paredes, os três criam suas próprias regras, vivem experiências com suas emoções e sexualidade, e se arriscam em jogos psicológicos cada vez mais perigosos.

sábado, 3 de julho de 2010

Em homenagem a estreia de "Os Inocentes" de Rodrigo Nogueira e Julia Spadaccini uma reportagem de fevereiro desse ano sobre a peça

21/02/2010 Livro sobre maio de 1968 ganha versão na peça 'Os Inocentes'

por Jornal do Brasil O turbulento maio de 1968 vem norteando artistas mundo afora. Foi evocado por Mauro Rasi em A cerimônia do adeus, a melhor de suas peças de fundo autobiográfico, registro do rito de passagem de um jovem dividido entre o cotidiano numa cidade do interior paulista e a paixão por Simone de Beauvoir. Ganhou lugar de destaque nas pautas de cineastas como Louis Malle, no ótimo e pouco lembrado Loucuras de uma primavera (1989), e Hans Weingartner, em Edukators (2004), flagrante da intensidade das relações em décadas passadas. A célebre data reverberou ainda em Gilbert Adair, autor do livro The holy innocents que inspirou Bernardo Bertolucci na concepção do filme Os sonhadores (2003), roteirizado pelo próprio Adair. Livro e filme vão desembocam no palco. Trata-se de Os inocentes, texto de Rodrigo Nogueira e Julia Spadaccini, que tem estreia marcada na sala Multiuso do Espaço Sesc, em Copacabana, para 2 de julho.



esquerda: Patrick Sampaio; meio: Lisa Fávero; direita: Michel Blois



Na história de Adair, dois irmãos gêmeos e um amigo (que na peça vão se chamar , respectivamente, Teodoro, Isabela e Mateus) se trancam dentro de um apartamento enquanto Paris explode do lado de fora.


Triângulo amoroso

– Acho que a circunstância dos três fechados num apartamento não deve ser vista como escapismo em relação ao conturbado contexto externo, mas como um mergulho profundo de cada um. Eles quebram dogmas pessoais, espreitam a morte e se fortalecem para encarar a vida – observa César Augusto, integrante da Cia. dos Atores, convidado pelos três (Patrick Sampaio, Lisa Fávero e Michel Blois) para dirigir a montagem.

Em Os inocentes, o espectador acompanhará a evolução do triângulo amoroso entre personagens que perdem a inocência ao tangenciarem os próprios limites numa época de ruptura de padrões comportamentais.

– No livro Adair diz: “Há os que têm coragem para se matar e os que não têm. Os que não têm são os que se matam. No fundo somos todos suicidas” – relata Michel, que interpretará Mateus.


De acordo com Rodrigo Nogueira, Mateus representa o estrangeiro que mostra a Teodoro e Isabela que eles vivem como amantes e não como irmãos.


– Não há julgamento moral no livro; apenas a percepção de que este comportamento gera consequências – sublinha Rodrigo.


O processo de Os inocentes lembra o de outro trabalho recente de Rodrigo, o de construção da dramaturgia de Play, oriunda de Sexo, mentiras e videotape (1989), cultuado filme de Steven Soderbergh. Tanto num projeto como no outro, o parentesco com o cinema ocupa lugar de destaque.


– Quero propor a intervenção do vídeo no espetáculo, de modo que, no final, a realidade passe para a tela e o imaginário fique no palco – diz Rodrigo, sublinhando a suspensão da fronteira entre real e ficção, uma das principais características da sua dramaturgia. – No momento-chave do texto, em que uma pedra entra pela janela do apartamento, a realidade invade a ficção.


A distância entre atores e personagens também será questionada através de jogos cênicos propostos por César Augusto.


– Peço para os atores misturarem histórias pessoais com as dos personagens – assinala César. – Os jogos ajudam a criar uma gramática comum e a fazer com que os atores acionem a criatividade e se afastem da instância cerebral.


A encenação trará referências aos protestos de maio de 1968, desprendendo-se possivelmente de menções diretas, como o polêmico afastamento do pesquisador Henri Langlois da Cinemateca Francesa.


– Queremos mostrar que o mundo se fechou naquele momento, não só os três personagens ou a cidade de Paris. Tudo ficou mais claustrofóbico – complementa César.


Contexto brasileiro


Ainda assim, conexões com o contexto brasileiro são não só quase inevitáveis como desejadas.


– Espero que não fiquemos presos a um passado de referências. Mas o passado nos foi negado. No Brasil muita gente não admite que houve um golpe de estado. Existem lacunas que precisam ser preenchidas – aponta César, evocando o período que marcou o acirramento da ditadura no Brasil com a implantação do AI-5.


Gilbert Adair se mostrou aberto às propostas de apropriação de seu livro.


– Lisa entrou em contato com ele, que liberou os direitos de graça. Ficamos livres para fazer a adaptação. Adair pediu apenas para ver o espetáculo, sem custo de passagem incluído – comemora Patrick Sampaio, integrante, ao lado de Lisa Fávero, do Brecha Coletivo, proponente de Os inocentes.


Na verdade, a ideia de transportar The holy innocents para o palco partiu de Lisa e foi apadrinhada por seu tio, o ator Fernando Eiras, que figura como supervisor do projeto. A iniciativa ganhou força com a conquista da verba de R$ 50 mil do Prêmio Myriam Muniz.


– O Brecha funciona como um coletivo aberto. Não existem pessoas fixas. Elas se aproximam de acordo com cada projeto. Há atores, cantores, músicos, cineastas, fotógrafos. Investimos em várias frentes: vídeos, performances, dança – detalha Lisa.

Uma filosofia próxima da Pequena Orquestra, coletivo do qual Michel Blois, Rodrigo Nogueira e Fernanda Felix (assistente de direção) fazem parte, e da própria Cia. dos Atores, apesar de o grupo capitaneado por Enrique Diaz ser formado pelos mesmos oito integrantes presentes desde a fundação.


– Somos pessoas completamente diferentes umas das outras há 21 anos. Por isto, cada um é livre para aderir ou não a novos prejetos. O processo de individualização dentro do coletivo é revolucionário – garante César.

domingo, 27 de junho de 2010

Reportagen de fevereiro de 2010 - Revista QUEM

Esqueceram a cueca


QUEM acompanhou os bastidores da peça Play – Sobre Sexo, Mentiras e Videotape e testemunhou que em uma temporada teatral imprevistos acontecem
Por Aurora Aguiar


(à esq.) Sergio Marone faz uma pausa no ensaio. Antes, entre uma passada e outra de texto, Maria Maya chama a atenção do ator. “Para de twittar, Sergio!” Ela conta que o ator é fissurado no microblog. Mas ele diz que 70% do que posta não tem nada a ver com sua vida pessoal. “Você quer saber se estou namorando? Não, não estou namorando”, despista Marone
(à dir.) Maria Maya e Rodrigo Nogueira, que mais uma vez esqueceu a cueca que usaria em cena em sua casa: pediu à produção para comprar uma nova peça no shopping



O cenário que cai, uma música que entra fora de hora, a luz que vaza onde não deveria. Esses são os imprevistos que costumam acontecer durante uma temporada teatral, segundo a atriz Maria Maya. E bastou ela acabar de falar no assunto para que o ator Rodrigo Nogueira entrasse no camarim sem calça, dizendo que havia esquecido a cueca que usaria em cena. “De novo, Rodrigo?!”, diz a atriz. A cena, testemunhada pela reportagem de QUEM, aconteceu na quinta-feira (28), meia hora antes da apresentação da peça Play – Sobre Sexo, Mentiras e Videotape, em cartaz no Teatro Nair Bello, em São Paulo, até 24 de fevereiro. Além de Maria e Rodrigo, o espetáculo também traz os atores Sergio Marone e Daniela Galli. No palco, os quatro reproduzem a história do filme Sexo, Mentiras e Videotape, de Steven Soderbergh, de 1989. Para garantir que nada saia errado, Marone acende um incenso. “Gosto de dar uma mentalizada, faço exercícios vocais, todos aqueles que a gente fica com umas caretas horríveis.” O tradicional “merda”, mantra comum entre os atores de teatro, também é reforçado. “Eu seguro a minha mão na sua para que juntos possamos fazer, no palco e na vida, tudo aquilo que eu não quero e não posso fazer sozinho. Merdaaaaa!!! Play, play, play, play...!!!”

quinta-feira, 10 de junho de 2010

PLAY- Rio Grande do Sul

O jogo no sul está a todo vapor!
A temporada de #PLAYRS está sendo um sucesso... Com uma plateia que está disposta a rir, se emocionar e se envolver com a história, a peça já lotou vários teatros!

Quem nao assistiu PLAY ainda da tempo, mas está no fim!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PLAY NORDESTE

Os PLAYERS invadem o NORDESTE novamente nesta semana.


PLAY em JOÃO PESSOA na quinta-feira às 21hrs ( 13/05). teatro Santa Rosa.

PLAY em NATAL na sexta, sábado às 21hrs e domingo às 20hrs (14,15 e 16/05). teatro Alberto Maranhão


Quem está pertinho não pode perder!

Os Players são maravilhoso, sempre arrasam, segue as indicações a premios da peça:


Prêmio Shell

Melhor Ator: Rodrigo Nogueira

Melhor Texto: "Play"


Prêmio APTR

Melhor Ator: Rodrigo Nogueira

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Entrevista com Sérgio Marone

Dia 03/05/10, em entrevista ao jornal o povo, Sérgio Marone falou sobre vários assuntos. Inclusive sobre namoro e a vontade de adotar.

O POVO - Você tem algum tipo de fetiche com a câmera?

Sérgio Marone - Não. Eu gosto de tudo real mesmo e de guardar na cabeça e na memória.


OP - Há um tempo surgiu uma polêmica em torno de um depoimento que você deu no Twitter sobre o quanto um ator ganha em uma peça de teatro no Brasil. Dá para viver com isso? É utopia? O que você quis dizer com aquilo?

Sérgio - É muito complicado. As pessoas entenderam que eu estava reclamando sobre o que ganho na peça Play. Não é isso, porque eu já fiz cinco peças de teatro e a única vez que consegui ganhar dinheiro e ter um estilo de vida digno e normal foi na minha primeira peça, que era pop e totalmente comercial. Todas as outras peças tiveram indicação a prêmios, foram bem criticadas e não tiveram o mesmo sucesso de público. O que eu quis colocar é que precisamos ter uma política de maior incentivo à cultura. Não só a cultura da música, onde você vê grandes cantores de axé e sertanejo com enorme patrocínio de cervejarias. O teatro está ficando de lado. Essa lei não existe e foi criada pelo governo para que eles possam faturar em cima da classe artística.


OP - Você acabou de sair de Caras e Bocas. Algum novo projeto para novela em vista?

Sérgio - Não, por enquanto. Não posso falar ainda, mas devo voltar ano que vem com uma novela. Esse ano até novembro estamos viajando com Play. É difícil um diretor de novela topar que você faça as duas coisas. A não ser que você seja um (Antônio) Fagundes (risos). Eu queria fazer alguma coisa no cinema, mas é complicado, não são tantos convites assim. É um mercado mais complicado.


OP - Você é o representante no Brasil da ONG Green Building Council. Fala desse projeto.

Sérgio - Claro, com o maior prazer. Já foi comprovado cientificamente que se você pintar seu telhado ou qualquer superfície de branco, ela vai rebater o calor. Essa é a atitude mais eficaz e barata para contribuir no combate ao aquecimento global. E assim você esquenta menos a sua casa, usa menos o ar-condicionado. E é só comprar uma lata de tinta e pintar seu apartamento. Eu já comprei a minha, vou fazer na minha varanda. Tenho uma laje em cima do meu apartamento e vou eu mesmo pintá-la toda de branco.


OP - Vez por outra a gente te vê numa campanha, numa passarela. O fato de estar na mídia te pressiona a estar sempre na moda?

Sérgio - Não. Você acha que eu me ligo? Estou de camiseta, calça jeans e um par de tênis. Sou muito tranquilo.


OP - Você está namorando?

Sérgio - Não, estou há dois anos solteiro.


OP - Você já declarou que pretende adotar filhos....

Sérgio - Tem já tanta gente no mundo, não custa nada você adotar. Agora acredito nesse negócio como uma identificação. Tenho vontade de fazer isso, acho que é outro tipo de relacionamento, outro tipo de amor, é você dar uma segunda chance para uma criança que não teve as mesmas oportunidades que você, que não teve a sorte de nascer numa família abençoada e bem estruturada. Então gostaria de ter dois filho.
 
por: Elisa Parente

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ENTREVISTA

“Não tenho medo de nada, sou abusada”

Entrevista com a atriz Maria Maya em maio pela revista QUEM!
De sua generosa varanda debruçada sobre a avenida que margeia o mar da Barra da Tijuca, Maria Maya tem a visão privilegiada de boa extensão da praia. Há pouco mais de dois anos, ela mora sozinha nesse apartamento. No entanto, diz que nunca pôs o pé na areia: “Tenho muita vergonha, sou tímida”, diz. Filha dos diretores Wolf Maya e Cininha de Paula, sobrinha de Chico Anysio, prima de Bruno Mazzeo e Marcos Palmeira e afilhada de Nathália Timberg, Maria nasceu e cresceu no meio artístico. “Já pensei em fazer administração, para poder cuidar dos negócios da família, mas virei artista mesmo”, diz. Aos 28 anos, interpretando sua sexta personagem em novelas, agora como a emo-roqueira-punk-gótica Inês de Caminho das Índias, de Glória Perez, ela conversa sobre a pressão de fazer parte de uma família de artistas consagrados. “É exigência minha estar à altura de todos eles”, diz a atriz, que está em cartaz no Rio com a peça Play, baseada no filme Sexo, Mentiras e Videoteipe, de Steven Soderbergh. Em duas horas de bate-papo, Maria também conta que está solteira e fala sobre o término, há pouco mais de um ano, do casamento com o ator Ernani Moraes, de 53 anos, com quem foi casada por cinco anos.


QUEM: Por que a maioria de seus personagens na TV é caricata?

MARIA MAYA: Não sei. TV tem esse limite tênue. Se você carregar um pouco mais, pode ficar exagerado. Trabalho com tipos e Inês é um prato cheio. Já fiz hipocondríaca, índia, passista de escola de samba, adolescente rebelde. A Inês foi um presente, está no núcleo que trataria a esquizofrenia. Ela é uma dark-romântica, para usar um termo londrino. É um misto de David Bowie, Cyndi Lauper e Tim Burton.


"ME VESTIA DE MENDIGA, ME SUJAVA TODA E IA PARA O SINAL DE TRÂNSITO PEDIR ESMOLA. ENTRAVA NA ABBR E FALAVA PROS FUNCIONÁRIOS QUE MINHA MÃE ERA PARAPLÉGICA, SÓ PARA PODER NADAR NAS PISCINAS DO CLUBE."


QUEM: Você foi uma jovem rebelde, como a Inês?

MM: Não tive motivos para isso. Nasci numa família de artistas, minha educação foi bastante tranquila. Cresci com inúmeras referências. Meu lado Inês veio aos 15 anos, quando fui clubber. Tive cabelos azulados, bolsas diferentes, roupas coloridas. Não era para chamar a atenção ou chocar, era a opção de ser diferente, tentar criar uma identidade. Nasci praticamente em Nova York, para onde eu ia desde criança. Via esse tipo de gente nas ruas e achava genial.


QUEM: Como foi sua educação?

MM: Foi tradicional, como em qualquer casa. Meus pais brigavam como qualquer casal. Na verdade, eles já eram separados quando nasci. Ficava com meu pai nos fins de semana, quando a gente viajava. Minha mãe era mais general.


QUEM: Lembra de alguma rebeldia sua da infância?

MM: Enquanto os outros brincavam de boneca, eu queria fazer contas, andar pelo mercado, era coisa de adulta. Fui precoce. Tudo que eu ganhava, pendurava de cabeça para baixo no varal. Odiava Barbie. Me vestia de mendiga, me sujava toda e ia para o sinal do trânsito pedir esmola. Entrava na ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação) e falava pros funcionários que minha mãe era paraplégica, só para poder nadar nas piscinas do clube... Eu criava personagens.


QUEM: Ser filha de Wolf Maya atrapalha ou ajuda?

MM: Isso é um mito. Se existe alguma coisa de ruim, é uma cobrança minha como atriz, de estabelecer um rigor artístico que equivalha à minha família. É exigência minha estar à altura deles.


QUEM: Em algum momento foi criticada por sempre ter feito novelas que seu pai dirigia?

MM: Faço novelas dele como faço de outros diretores. Meu pai é um dos melhores diretores do Brasil e não falo isso como filha. Meus pais se conheceram na faculdade de medicina. Ele não chegou a se formar, mas minha mãe trabalhou na área. Já vi meu pai vendendo carro para produzir teatro. Ele e minha mãe faziam o próprio dinheiro, deixando de ter algum bem material para produzir peças. Foi bonito ver essa luta deles num tempo em que não havia patrocínio.


QUEM: Você falou que já foi clubber. Qual é seu estilo atualmente?

MM: Eu sou mutante. Passei por diferentes estilos. Fui clubber quando morei nos Estados Unidos. Não estar na moda é uma forma de estar sempre na moda. Não me preocupo com tendências, não sou consumista, não tenho roupas caríssimas. Apesar de morar na praia, não curto estar na praia. Sou caseira, não tenho empregada, eu que montei a casa toda, desenhei das lâmpadas aos móveis.


QUEM: Morando tão perto do mar, por que você não gosta de ir à praia?

MM: Tenho muita vergonha, sou tímida. Não coloco biquíni. É besteira minha, sei disso, mas não consigo. Já fui convidada para posar nua. Imagina! É uma questão ética minha. Preservo meu corpo.


QUEM: Você não se acha bonita?

MM: Não é que eu não me ache bonita. A beleza é transformada, você vai se tornando bonito. Ninguém nasce bonito. A beleza vem com valores. Mas também me torno uma pessoa feia. Tem camadas bonitas e feias em todo mundo.


QUEM: Tem problema de fazer cenas de nudez?

MM: Em A Muralha gravava nua, de peito de fora. Aí é o personagem, não é a Maria. Fico de sutiã e calcinha na peça Play. Minhas amigas dizem que não me entendem. Fico de calcinha no palco e não vou a praia com elas. Mas ali não é a Maria. Por isso que sou atriz. As outras vidas é que são interessantes para expor. Se me vir na praia, pode ter certeza de que não sou eu, é uma personagem (risos).


"TENHO MUITA VERGONHA, SOU TÍMIDA. NÃO COLOCO BIQUÍNI. É BESTEIRA MINHA, SEI DISSO, MAS NÃO CONSIGO. JÁ FUI CONVIDADA PARA POSAR NUA. IMAGINA! É UMA QUESTÃO ÉTICA MINHA. PRESERVO MEU CORPO."


QUEM: Quando marcamos essa matéria, você disse que “é polêmica, porque não é padrão”. O que quis dizer com isso?

MM: Não gosto de praia, não tenho situações cotidianas de passear bebendo água-de-coco. Não me autointitulo polêmica, falei isso mais para te impressionar do que para firmar uma coisa de identidade. Eu te impressionei?


QUEM: Sim.

MM: Ah, então é isso, consegui (risos)! Isso é ser polêmico. Não tenho medo de nada, sou abusada. Não tenho medo de errar, de acertar, de falar o que penso. A gente precisa dessa disponibilidade para a exposição.


QUEM: Você foi casada por cinco anos com o ator Ernani Moraes, 25 anos mais velho. A idade atrapalhou a relação?

MM: Não. Ele é um cara genial, é uma das pessoas mais importantes que conheci e com quem tive o prazer de estar casada por cinco anos. Foi meu grande amor e continua sendo até hoje. Terminamos há um ano e pouco.


QUEM: E por que terminaram?

MM: A relação acaba, se desgasta. Isso de amor eterno não cola comigo. Amor romântico não existe. A gente conseguiu terminar ainda se amando, é o mais bonito. Não tenho nada para falar sobre ele de negativo. Amei essa pessoa verdadeiramente até o final.


QUEM: Por que vocês moravam em casas separadas?

MM: A gente sempre morou em casas separadas porque é uma forma mais sadia. Quando se mora junto, você perde o olhar do que é seu e do outro, vira tudo uma coisa só. O bacana é ter seu espaço, seu momento para estar sozinho. A gente dormia praticamente todos os dias juntos. Mas é legal ter opção de estar na casa dele ou na minha. Isso é mais encantador. Quero levar isso para minhas próximas relações.


QUEM: Está namorando?

MM: Não, estou supersolteira e feliz. Mas, também, com que tempo, né? Até meu cachorro está me odiando pela falta de tempo. Quando estou junto, me entrego. Com TV e peça, nem tenho como pensar nisso.



Fonte: Quem
Postado por Daiane Rodrigues

sábado, 1 de maio de 2010

História de fã
Aline Souza

       Tudo começou 10 anos atrás. Ele acabara de começar a carreira de ator em Estrela Guia e foi paixão a primeira novela. Desde aquele dia não conseguia mais parar de pensar nele. Imaginem, eu, com 15 anos. Era bem maluca e fazia loucuras para ver esse moço.
       Depois do nosso primeiro encontro, a paixão atingiu o ponto maximo, então resolvi montar o fã clube SOS MARONE .Foi a melhor epoca da minha vida, conheci fãs do Brasil todo e de fora tambem. Quando O Clone foi transmitido em outros paises ele ficou intenacionalmente conhecido. Estive a frente do fã clube por 6 anos. Foi uma delicia fazer aquele trabalho, todo os meses alguma coisa diferente , fazia promoçoes com as fãs , e ganhei amigas pra vida toda.
       Tive vários encontros com o Ségio, cada vez mais especial. Tenho tudo guardado com o maior carinho. Fotos, pastas com materias de revistas, hj depois de 10 anos o carinho continua o mesmo, não tenho mais tanto tempo para ter o fã clube, pois tenho uma filha e trabalho muito. Mas sempre que posso confiro o trabalho dele, e estou la com aquela mesma emoção da garota de 15 anos que é apaixonada pelo um idolo. Ainda fico nervosa ainda quando estou perto dele.
       Ele é encantador, com aquele jeitinho único conquistou todos a sua volta. Provou que é muito bom no que faz.
Para o Sérgio:
Te amo sempre. Pode ter certeza que estarei sempre do seu. Estarei sempre torcendo pelo seu sucesso e felicidade. Você faz parte da minha historia, da minha vida e isso é pra sempre...
Muita Paz e Amor!

domingo, 25 de abril de 2010

PLAY- a primeira do mundo!

“PLAY- sobre sexo, mentiras e videotape, foi a primeira peça do mundo a ser exibida dos bastidores pela twittcam.”

      Mesmo quebrando nosso protocolo, não poderíamos deixar de escrever sobre esse acontecido, que sem dúvida alguma revolucionará a tecnologia no teatro.
     
       Um chat que deu errado, centenas de fãs a ponto de enlouquecer, peça prestes a começar. O tão esperado vídeo da twittcam foi adiado.
      Após quase 2 horas de incerteza, diante dos problemas tecnológicos ocorridos anteriormente, 238 pessoas se conectaram ao elenco de “PLAY”. Direto do teatro da UNIFOR, em Fortaleza, comandados por Sérgio Marone, além de uma visita aos bastidores, os atores proporcionaram aos fãs uma conversa interativa e muito descontraída.
      Quando se esperava a despedida, para a surpresa de todos, Sérgio disse: “eu vou deixar vocês assistindo a peça daqui da coxia”. Começava, naquele momento a primeira transmissão ao vivo de uma peça de teatro pelo twitter.
       PLAY- peça que já era sucesso de crítica, agora também faz parte da história da tecnologia.
E o jogo...continua. Let´s PLAY Brasil!

por: Bia Biasi

terça-feira, 20 de abril de 2010

RODRIGO NOGUEIRA

      Apartir de hoje iremos contar um pouco mais sobre a vida de nossos Players. Começando com o autor e ator da peça Rodrigo Nogueira.

      Há quase dez anos os brasileiros acompanham a carreira de Rodrigo Nogueira. A maioria das vezes na frente da platéia, com talento impar; simpatia encantadora, o brasiliense de 30 anos já garantiu lugar entre os grandes. Jornalista, ator e escritor, o ganhador de vários prêmios está cada vez mais presente nas televisões, casas, vidas e corações de todos.
     Rodrigo já preenchia o currículo antes mesmo da graduação em jornalismo pela faculdade federal do Rio de Janeiro em 2001. Começou como estagiário na redação do jornal "O Globo". Com inglês, francês, italiano e espanhol fluentes, foi contratado como redator do programa "Pelo Mundo" do globo news e foi editor internacional do canal entre 2001 e 2005.
     Apesar de já ter uma profissão, o jornalista foi mais fundo.  Formou-se também em teatro pela Casa de Artes de Laranjeira em 2003. Isso foi só um impulso para mais sucessos. Agora em cima dos palcos. Além de ter participado de peças brasileiras. Também foi convidado pelo autor Tim Crouch e integrou o elenco de "An oak tree". Rodrigo também deixou a marca dele nas telonas. Em filmes nacionais e internacionais como: "Gringos do Rio", " Locked up" National Geographic/USA, "o maior roubo do mundo" Discovery Channel/ Inglaterra. Como um bom brasileiro o ator não pôde deixar de fora a maior paixão nacional. Fez participações especiais nas novelas: " Paraíso Tropical", "Pé na Jaca", em séries como " A Grande Família",  "O Sistema", " Por Toda Minha Vida", e também se aventurou com a turma do sitio do Pica-pau amarelo em 2007.
     Paralelamente as profissões Rodrigo conservava outra paixão: escrever. O resultado disso foram textos e peças muito bem criticados . " PLAY- sobre sexo, mentira e videotape" foi indicada ao premio Shell como melhor texto e considerada "um passo definitivo na dramaturgia brasileira" por Barbara Heliodora, do jornal o globo. Foi vencedor dos prêmios de melhor texto no festival Mercadão Cultural e festival de Tápias com a cena" Estudo sobre sedução". O autor é também um dos roteiristas de "Bela, a feia".
     Que a estrela desse tão talentoso homem nunca deixe de brilhar. Com atuações, textos e peças, com características únicas. No pertinente entrelaço de realidade e ficção, de um jeito que só ele sabe. 

Por: Bia Biasi 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PLAY- sobre sexo, mentiras e videotape

       PLAY! peça que reconta a relação do triângulo amoroso entre César, Ana e Carla com o artista Sérgio. Nasceu da vontade da atriz e produtora Maria Maya de levar para o palco o filme "sexo, mentiras e videotape"(1989) do diretor Steven Sondenberg.
       Apesar de não ter sido feliz ao tentar os direitos do filme, Maria não desistiu. Pediu ajuda ao amigo Rodrigo Nogueira que relembra o acontecido. "Diante da impossibilidade de transformar o filme em peça, decidimos levar para o palco uma adaptação do longa. Trabalhando os conceitos de verdade e mentira. A obra original é antiga, o texto mais profundo, não fazia sentido reprodizir. O resultado agradou a todos." orgulha-se o autor da peça.
       Desde a estreia PLAY lota teatros. Com diferentes argumentos os atores atribuem ao caráter atual do assunto o sucesso da peça.  "É um texto de fácil identificação que provoca boas reflexões" ressalta Marone. "O texto atinge uma gama de faixas etárias muito diferentes; a discução de verdade e mentira é muito pertinente hoje em dia" completa Daniela.
       Já Rodrigo acredita em um quinto elemento: a cumplicidade entre os atores dentro e fora do palco. "A nossa relação, a vontade de estar junto dá uma levesa ao texto, e isso reflete no humor"-destaca. Cynthia em coro com o amigo diz:"Teatro é coletivo, se não existe 100% de todos os elementos presentes, não tem jeito, não funciona"- afirmam.
       PLAY- peça que nasceu no sonho de uma jovem atriz. Verdade ou mentira?
       Atores que acreditam que a amizade é a receita para o sucesso. Verdade ou mentira?
       História que mistura realidade e ficção formando uma só: Verdade ou mentira?
       Essas discussões entre real e ficcional, teatro e realidade, formam um instigante jogo, ou Play. Aonde todos participam, inclusive quem assiste. Bem vindos ao jogo!

Por: Bia Biasi