quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PLAY estreia em Ribeirão...


Ribeirão Preto recebe no dia 12 de fevereiro, no Theatro Pedro II, a comédia "Play - sobre sexo, mentiras e videotape". Os atores Sérgio Marone , Maria Maya, Rodrigo Nogueira e Daniela Galli, dão vida à adaptação de Steven Soderbergh no teatro.



Horário: a partir das 21h
Local: Theatro Pedro II - rua Álvares Cabral, 370 – centro
Ingressos: R$ 50 (Plateia, Frisa e Balcão Nobre) e R$ 40 (Balcão Simples e Galerias)
Informações: (16) 3977.8111

Serviço:

No espetáculo, Ana (Daniela Galli), Carla (Maria Maya) e César (Rodrigo Nogueira) reproduzem o triângulo amoroso retratado no longa "Sexo, mentiras e videotape", de  Soderbergh. César é casado com Ana, com quem não tem relações sexuais há quatro meses, mas trai a mulher com a sensual cunhada Carla. O quarto personagem, vivido por Sérgio Marone, é o que entrelaça toda a trama e desestabiliza todo o triângulo.

Espetáculo Play - sobre sexo, mentiras e videotape

Data: 12 de fevereiro

sábado, 5 de fevereiro de 2011

PLAY - confiram a primeira cena da peça Play, que volta com tudo hoje em Curitiba/PR

Personagens:
Ana (Daniela Galli)
Carla (Maria Maya)
César (Erom Cordeiro - só em Curitiba)
Sérgio (Sérgio Marone)

Cena 1 – Ana e Sérgio

Ana sentada respondendo a perguntas de Sérgio em off. A cena deve parecer várias coisas. No começo, Ana é uma atriz falando para o público. Depois que entra a voz de Sérgio, pode parecer que Ana está na análise. Mas essa cena será repetida. Ela é na verdade a gravação do videoteipe de Ana no fim da peça. Lento.
Ana: Eu quero.
(longo silêncio)
Ana: É estranho. Meio esquisito. Sentar e começar a falar. Do nada. Ficar aqui olhando. Sendo olhada. É uma situação.
(Silêncio)
Sérgio: Mas como é que você ta se sentindo?
Ana: Bem.
Sérgio: Confortável?
Ana: Como assim?
Sérgio: Ta se sentindo à vontade?
Ana: To. (tempo) Na medida do possível.
Sérgio: Você não precisa falar nada se você não quiser.
Ana: Não. Eu quero. Eu vim aqui pra isso. Eu só não sei por onde começar. (pausa) Isso acontece muito? (tempo) Entendi.
(silêncio)
Ana: Você sempre faz isso?
Sérgio: Isso o quê?
Ana: Fica aí parado? Esperando as pessoas começarem? É assim que funciona?
(silêncio)
Ana: Você ta fazendo agora não ta?
Barulho qualquer (pode ser do microfone)
Ana: Engraçado. (tempo) Eu sei o que dizer. Eu sinto o que dizer. Mas quando chega a hora de falar. (silêncio) É como se qualquer coisa que eu dissesse não fosse capaz. (tempo) Aqui dentro é de verdade. Mas quando vira fala...
Sérgio: É por isso que eu falo pouco.
(silêncio)
Sérgio: Tenta diminuir o tempo.
Ana: O tempo?
Sérgio: Pensamento e fala.
Ana: Associação livre?
Sérgio: Se você quiser chamar assim.
(silêncio)
Ana: Ar. (tempo) As pessoas acham que é ar. (tempo) Tratam como se fosse ar. Dão uma importância. Um peso. Um peso tão grande. E é menor. É menor que ar. E sufoca. (pausa) Quando eu era pequena eu me lembro que tinha uma azaléia enorme na frente da minha casa. Era uma azaléia linda. Eu dizia que ela era a minha azaléia. Eu subia nela. Eu ficava assustada com o ar. Ficava assustada quando pensava que o mesmo ar que entrava em mim, entrava também nessa azaléia. Ou no meu porquinho da índia. Eu comecei a passar mal. Eu passava com tanto ar. Eu ficava pensando que era tanto ar, mas tanto ar que eu queria poder viver o suficiente pra poder respirar cada pedacinho dele. Cada pedacinho de ar. (tempo) É por isso que eu não aceito. Eu não aceito essa importância que dão. Como é que se pode dar importância pra uma coisa dessa forma. Como é que se pode dar importância pra uma coisa sendo que existe todo esse ar. (Pausa. Congela e começa a rir se dando conta do que está falando) Ai, desculpa. Desculpa. Eu não te falei? Da minha dificuldade? Eu começo pensando num assunto e termino falando de outro. (tempo) E eu não consigo parar. Eu vou falando, falando. (pára bruscamente), (silêncio), (outro tom): Você sabe qual o presente que eu mais gostei de receber na minha vida? Foi uma lembrança que uma amiga minha trouxe de uma viagem que ela fez à França. Era uma latinha. Tipo essas latas de sardinha? Era isso. Uma latinha. Só que vazia. E na tampa estava escrito: ar de Paris. Quando eu olhei praquilo eu achei lindo. Porque eu pensei que se eu abrisse a lata...

Vídeo 1 – Ficção
Olha, por incrível que pareça foi na semana passada. Eu posso te dizer uma coisa? Eu não gostava. Eu não gostava de sexo. Porque eu não sabia. Eu achava que era aquilo que eu fazia com o meu marido. E ele, que Deus o tenha, não... Não era o que é mesmo, sabe? Eu perdi ele muito cedo. Mas quando eu fiz cinqüenta anos. Eu nunca me esqueço. Essa idade pra mim foi... Porque quando eu fiz cinqüenta anos, foi quando eu fiz sexo de verdade pela primeira vez. Foi quando eu passei a gostar da coisa entendeu?

Cena 2

Agora é só vendo a peça pra saber. Quem já garantiu seu ingresso, let's PLAY. E quem nao comprou, ainda dá tempo. COMPRE JÁ O SEU

PLAY: sábado(05/02) e domingo(06/02), respectivamente às 21h e às 19h. Teatro Regina Vougue (Av: Sete de Setembro, nº: 2.775, loja 2.004). De R$ 20,00 a R$ 40,00.